O que é Consórcio e Como Funciona

O consórcio é um programa de poupança coletiva onde um grupo de pessoas contribui regularmente com uma quantia fixa. Essas contribuições são reunidas em um fundo, e os membros, por sua vez, têm a chance de usar o total acumulado para fazer uma compra, como um carro ou uma casa. A seleção de quem pode usar o fundo é feita por sorteio ou lance, sem a necessidade de empréstimos com juros altos.

História do Consórcio no Brasil

O consórcio surgiu nos anos 1960, quando funcionários do Banco do Brasil, enfrentando a escassez de crédito ao consumidor, decidiram formar um grupo para comprar carros. Eles juntavam dinheiro e decidiam por sorteio quem receberia o veículo primeiro. Essa ideia inovadora ganhou força, e em 1967, a Willys Overland do Brasil já contava com cerca de 58.000 consorciados. A Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC) foi fundada no mesmo ano para regular e representar os administradores. Com o tempo, o consórcio expandiu-se para incluir caminhões, motos, imóveis e até serviços, como viagens. Leis importantes, como a Lei 5.768 de 1971 e a Lei 11.795 de 2008, ajudaram a formalizar e modernizar o sistema.

Por que é uma Boa Alternativa

O consórcio é uma boa opção, especialmente no Brasil, onde as taxas de juros estão em torno de 13,25% (atualmente). Aqui estão alguns benefícios:

  • Sem Juros: Diferente de empréstimos, o consórcio não cobra juros, apenas taxas administrativas, que geralmente são mais baixas.
  • Flexibilidade: Você pode escolher quando usar o fundo por meio de lances ou sorteios, ajudando a planejar suas finanças.
  • Poder de Compra em Grupo: Juntar recursos permite compras grandes que seriam difíceis individualmente.
  • Economia Disciplinada: Contribuições regulares incentivam o hábito de poupar.
  • Um detalhe inesperado: o consórcio também pode ser usado para serviços como cirurgias plásticas ou cursos de MBA, mostrando sua versatilidade.

Nota Detalhada

Introdução ao Consórcio

O consórcio é uma modalidade financeira única no Brasil, amplamente utilizada para a aquisição de bens duráveis e serviços, como carros, imóveis, motos e até viagens. Trata-se de um sistema de poupança coletiva onde um grupo de pessoas, físicas ou jurídicas, contribui regularmente com uma quantia fixa. Essas contribuições formam um fundo que é utilizado, por sua vez, para financiar a compra de um bem ou serviço para um membro do grupo, selecionado por sorteio ou lance. Diferente de empréstimos tradicionais, o consórcio não envolve taxas de juros, apenas taxas administrativas, o que o torna uma alternativa atraente em um contexto de altas taxas de juros.

Como Funciona na Prática

No consórcio, os participantes assinam um contrato com uma administradora especializada, como as representadas pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC) ABAC - Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios. Cada membro paga uma parcela mensal, que pode variar de acordo com o valor do bem desejado e o prazo do grupo. Periodicamente, um ou mais consorciados são "contemplados", ou seja, recebem o crédito para fazer a compra. A contemplação pode ocorrer de duas formas:

  • Sorteio: Um processo aleatório, muitas vezes usando globos giratórios ou resultados da Loteria Federal, dependendo da administradora.
  • Lance: O consorciado oferece um valor adicional, correspondente a um número de prestações a vencer, e quem oferecer o maior lance ganha o direito ao crédito.

Essa estrutura permite que os membros planejem suas finanças sem o peso de juros altos, promovendo uma economia disciplinada.

História do Consórcio no Brasil

A história do consórcio no Brasil remonta aos anos 1960, um período marcado pela instalação da indústria automobilística no país e pela falta de crédito direto ao consumidor. Em 1962, funcionários do Banco do Brasil, enfrentando dificuldades para financiar a compra de carros, tiveram a ideia de formar um grupo de amigos. Eles contribuíam com uma parte do valor do veículo, e o primeiro carro era sorteado entre eles. Essa iniciativa inovadora deu origem ao que hoje conhecemos como consórcio, um mecanismo de autofinanciamento sem juros.

Em 1967, a Willys Overland do Brasil já contava com cerca de 58.000 consorciados, mostrando o rápido crescimento do sistema. Nesse mesmo ano, foi fundada a ABAC ABAC - História do Consórcio, que passou a representar administradoras independentes, ligadas a concessionárias e fabricantes. O consórcio também começou a se espalhar para países vizinhos, como Argentina, Uruguai, Paraguai, Peru, México e Venezuela.

Nos anos 1970, o sistema ganhou um marco legal com a Lei nº 5.768, de 20 de dezembro de 1971, e o Decreto nº 70.951, de 9 de agosto de 1972, que o enquadraram inicialmente no direito civil. Na década de 1980, o consórcio expandiu-se para incluir caminhões, eletroeletrônicos (como TVs e videocassetes), motos e veículos pesados, como máquinas agrícolas e implementos rodoviários. Em 1988, foi reconhecido na Constituição Federal, no Artigo 22, inciso XX, como competência privativa da União.

Um marco importante ocorreu em 1991, quando o Banco Central do Brasil assumiu a regulação e supervisão via Lei nº 8.177, consolidando o consórcio como uma ferramenta financeira formal. Nesse período, também começou o consórcio imobiliário, que se espalhou para países como Portugal, Espanha e Leste Europeu, com a primeira administradora na África do Sul surgindo no final dos anos 2000.

Em 2008, a Lei 11.795/2008, de 8 de outubro, trouxe uma regulamentação exclusiva para o consórcio, entrando em vigor em fevereiro de 2009. Essa lei ampliou o escopo, permitindo a inclusão de serviços, como viagens, cirurgias plásticas e cursos de MBA, além de bens tradicionais. Em 2014, o sistema contava com cerca de 7 milhões de consorciados, com 1 milhão de contemplações e 1,6 milhão de cotas vendidas entre janeiro e setembro, totalizando R$ 55 bilhões em créditos.

Hoje, o consórcio abrange uma ampla gama de bens, incluindo produção, caminhões, implementos agrícolas e rodoviários, ônibus, tratores, colheitadeiras, barcos, aviões, computadores, antenas parabólicas, pneus, motos, eletroeletrônicos, casas pré-fabricadas, imóveis, construção e reformas, além de serviços diversos.

Por que o Consórcio é uma Boa Alternativa

Pesquisa sugere que o consórcio é particularmente vantajoso no contexto brasileiro, especialmente considerando as altas taxas de juros atuais, que estão em torno de 13,25% ao ano, de acordo com dados recentes Brazil Interest Rate. Aqui estão os principais benefícios:

  • Sem Juros: Diferente de empréstimos bancários, o consórcio não cobra juros, apenas taxas administrativas. Essas taxas são geralmente mais baixas do que os juros de um financiamento, tornando o custo total mais acessível.
  • Flexibilidade: Os consorciados podem decidir quando querem ser contemplados, seja por sorteio ou oferecendo lances. Isso permite um planejamento financeiro mais adaptado às necessidades individuais, especialmente em um país com inflação e taxas de juros voláteis.
  • Poder de Compra em Grupo: Ao juntar recursos, o grupo consegue financiar compras de alto valor, como imóveis ou veículos, que seriam difíceis para um indivíduo financiar sozinho. Essa dinâmica de grupo aumenta o acesso a bens que, de outra forma, poderiam estar fora do alcance.
  • Economia Disciplinada: As contribuições regulares incentivam os participantes a manterem o hábito de poupar, o que pode ser uma vantagem em um contexto onde o acesso ao crédito é caro e a educação financeira nem sempre é prioritária.
  • Custo-Benefício em Altas Taxas de Juros: Com as taxas de juros no Brasil frequentemente acima de 10% ao ano, como observado em 2024, o consórcio oferece uma alternativa mais econômica. Por exemplo, enquanto um financiamento de carro pode custar significativamente mais devido aos juros, o consórcio limita os custos às taxas administrativas, que, segundo estudos, são mais baixas Benefits of Consorcios for Real Estate and Vehicles in Brazil.

Um detalhe interessante e menos conhecido é que o consórcio também pode ser usado para serviços, como cirurgias plásticas, próteses dentárias, viagens ou até cursos de MBA, mostrando sua versatilidade e adaptabilidade às necessidades modernas. Essa expansão, introduzida pela Lei 11.795/2008, permite que o consórcio atenda a uma gama mais ampla de sonhos e projetos, indo além dos bens tradicionais.

Comparação com Outras Opções

Comparado a empréstimos bancários ou cartões de crédito, o consórcio apresenta vantagens significativas, especialmente em um cenário de altas taxas de juros. Por exemplo, enquanto um empréstimo pessoal pode ter taxas anuais superiores a 20%, o consórcio elimina esse custo, embora exija paciência, já que a contemplação pode demorar dependendo do grupo e do método escolhido. Além disso, há riscos, como a possibilidade de um consorciado abandonar o grupo, o que pode afetar a dinâmica, ou o acúmulo de taxas administrativas ao longo do tempo. No entanto, esses desafios são geralmente superados pelos benefícios, especialmente para quem busca uma solução de longo prazo.

Conclusão

O consórcio tem uma história rica no Brasil, evoluindo de uma iniciativa local nos anos 1960 para um sistema nacional que hoje atende milhões de pessoas. Sua capacidade de oferecer uma alternativa acessível e flexível ao financiamento tradicional, especialmente em um contexto de altas taxas de juros, o torna uma escolha atraente. Seja para comprar um carro, um imóvel ou planejar uma viagem, o consórcio continua a transformar sonhos em realidade, promovendo inclusão financeira e economia disciplinada.

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